25 de set. de 2012

Quem é Jesus para nós?

Jesus despertou o interesse de muita gente ao longo dos séculos. Uns motivados por simples curiosidade, outros pelo desejo de conhecê-lo para segui-lo. Pedro mostra ser mais fácil aceitar e seguir Jesus, o filho de Deus, o enviado do Pai, do que se comprometer com o "Messias servo e sofredor", o Cristo do calvário. Quando nos confrontamos com a cruz, pensamos duas vezes antes de nos comprometer. Proclamar Jesus glorioso, rei do universo, é bonito e fascina, mas seguir Jesus com a cruz é algo que poucos se animam a fazer. No entanto, quem quiser segui-lo com compromisso terá de assumir a própria cruz. Não há seguimento de Jesus sem a Cruz de cada dia: renúncia a si mesmo, doação ao seu projeto, aceitação dos desafios decorrentes da missão... Não precisamos inventar cruzes nem ser masoquistas, tanto menos nos conformar com o sofrimento desnecessários, pois a vida de seguimento de Jesus já implica renúncias e critérios de conduta bem claros. Professar Jesus significa ser solidário com os sofredores, não se conformar com a injustiça e a corrupção, não aceitar o desrespeito aos direitos humanos. O documento de Aparecida lembra que os direitos básicos são desrespeitados no rosto dos que sofrem: povos indígenas e afro-americanos, mulheres excluídas e idosos abandonados, jovens sem estudo e sem empregos, pobres sem terra e sem teto, desempregados, e tantos outros (cf. DAp 65) Não se pode compreender Jesus sem a cruz. Não somente a cruz que carregou no fim da vida e em que morreu, mas a cruz do dia a dia: fidelidade ao Pai, opção pelos pobres, compromisso com a justiça e o reino, doação da própria vida por amor ao ser humano. Somente quando compreendermos e experimentarmos que o discipulado cristão é seguir o caminho da cruz, da doação e do serviço é que estaremos caminhando na estrada de Jesus. Pe. Nilo Luza, ssp.

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