29 de nov. de 2010

SINOS : Tradição existe antes de Cristo


Os sinos surgiram na Ásia. No século 9 a.C., eles já eram conhecidos na China. Cada campanário tem uma nota musical característica e requer um estudo cuidadoso antes mesmo de ser fundido. As notas musicais são determinadas pelas suas dimensões, forma geométrica, diâmetro da boca e pela relação da espessura da aba, ou seja, a parte terminal do sino e onde bate o badalo. No início do século XX, os campanários faziam quase tudo: anunciavam nascimento, parto complicado, morte, doença grave, incêndios, missas. Por meio do ritmo é que os sineiros articulam o toque mensageiro dos seus companheiros constantes: o garrido ou sino pequeno, o meião ou sino médio e o bronze ou sino grande. O número de toques nas paróquias trazia um significado. Quatro pancadas antes da missa: era sinal que o vigário iria celebrar a oração. Cinco pancadas: o bispo comandaria a cerimônia. Seis pancadas: quem celebraria era o arcebispo. Em alguns lugares do país, os sinos também são utilizados em caso de morte. Há casos em que, se o defunto fosse homem, três dobros anunciariam o falecimento. Se morresse uma mulher, dois. Se fosse uma criança, o sino utilizado era o menor. Se fosse um jovem, o sino médio. E no caso de adulto, o maior sino. O toque fúnebre é lento e compassado.

Fonte: Pascom Comunitária

Perseguição á Igreja : Sinais dos Tempos


Paróquia São Pedro Alcântara vai recorrer da proibição de badaladas do sino

A disposição da igreja conta com o apoio de alguns fiéis, para os quais as festas são mais perturbadoras do sossego dos moradores do que as chamadas sonoras à oração
A decisão de silenciar os sinos da Paróquia São Pedro de Alcântara, na QI 7 do Lago Sul, ameaça parte das celebrações de Natal dos fiéis. A 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Território (TJDFT) manteve o entendimento da 16ª Vara Cível de Brasília e a desobediência poderá custar ao caixa da igreja uma multa de R$ 1 mil por cada tilintar. Diante desse posicionamento do Judiciário local, o padre Givanildo Ferreira dos Santos suspenderá as badaladas que convidam os católicos para as cerimônias natalinas, programadas para 21 e 24 de dezembro.

A Justiça acolheu os argumentos dos moradores de que o barulho dos sinos ultrapassa o limite para as áreas residenciais. Registrado como poluição sonora, o problema no bairro nobre atinge todo o Distrito Federal. Dados do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) mostram que, desde 2007, paróquias de pelo menos 13 cidades candangas foram notificadas por incomodarem o sossego de moradores dos arredores dos templos.

O Ibram recebe ao longo do ano reclamações de todas as regiões administrativas. Algumas denúncias acabam infundadas e nem sequer viram advertências legais. Até este mês, o Ibram registrou infrações em cinco igrejas localizadas em diferentes localidades do DF. O número é inferior ao assinalado em 2007, quando o órgão somou 13 advertências (veja quadro). Em 2008, foram cinco casos. Ano passado, sete templos responderam ao instituto por perturbaram os vizinhos. As queixas vão desde o barulho dos sinos às pregações em tons exageradamente altos de pastores evangélicos durante cultos. “Já chegamos a interditar igrejas no Sudoeste, na Estrutural e em outras regiões por atrapalharem a tranquilidade dos vizinhos com som alto”, explicou o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Gustavo Souto Maior.

No Lago Sul, os toques do sinos da Paróquia São Pedro de Alcântara levaram o Ibram a advertir a igreja em junho deste ano. Os técnicos comprovaram que o som emitido pelos campanários chegava a 56 decibéis, enquanto o máximo permitido em áreas residenciais é 50 decibéis. Para resolver a situação, o Ibram pediu ao pároco Givanildo Ferreira que reformasse os campanários afim de reduzir o barulho emitido. “Para diminuir o volume do ruído, os sinos teriam que ser substituídos”, explicou o padre. A troca não é simples: “Eles (os sinos) são doações recebidas pela igreja”, completou.

Os sinos são tocados quatro vezes ao dia para convidar a comunidade para orações: às 8h25, às 12h, às 18h e às 18h30 durante a semana. Aos sábados e aos domingos, o primeiro convite soa às 9h.

Fonte : Pascom Comunitária e Correio Brasiliense

O Dogma da Imaculada Conceição de Maria


A Imaculada Conceição é um dogma católico declarado em 1854, que consolida formalmente a pureza da mãe de Jesus, Aquela que concebeu o filho de Deus e foi isenta do pecado.

O título litúrgico da Imaculada Conceição que os católicos invocam, professam a prerrogativa concedida unicamente a Nossa Senhora: Maria foi concebida sem a mancha do pecado original desde sua mãe Santa Ana, e nasceu portanto, sem o pecado original.

O título expressa portanto que a mãe de Jesus é toda santa, a cheia de graça, desde o momento de sua concepção.

Invocações marianas sobem os céus nos mais variados idiomas, desde o século I dC, brotadas do coração de todas as raças, nações e povos. Nossa Senhora é uma só, apenas cultuada em diferentes situações, de acordo com os sentimentos que desperta nas pessoas, ao se deparar com as várias facetas de Maria; recebe por isso outras denominações de acordo com as características exaltadas ou em função de locais de aparição da Virgem aos seres humanos.São 156 diferentes títulos que invocam Maria, como Nossa Senhora Achiropita, Aparecida, de Fátima, de Lourdes, do Rosário, do Brasil, entre outros. Nossa Senhora da Imaculada Conceição apenas corrobora Sua faceta de pureza, sem culpas, para gerar o Salvador.

O dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo papa Pio IX, em 1854, com a bula Ineffabilis Deus, resultado da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos. O calendário romano já devotava uma festa em seu calendário em 1476; entretanto nos anos 700 esta celebração já existia no Oriente.Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda cristandade.Quatro anos após a proclamação do dogma por Pio IX, Maria Santíssima apareceu a Bernadette Soubirous dizendo : " Eu sou a Imaculada Conceição" .

Em Portugal o culto foi oficializado por D.João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança, que foi aclamado quando se iniciava a festa de Imaculada Conceição.

No Brasil existem cerca de 533 paróquias dedicadas à Virgem Imaculada. A primeira imagem chegou em uma das naus de Pedro Álvares Cabral. O culto à Imaculada Conceição no Brasil teve início na Bahia, quando Tomé de Souza chegou a Salvador trazendo uma escultura da santa. Ela foi protetora do nosso país no período colonial e foi proclamada Padroeira do Império Brasileiro por D.Pedro I . Já no despontar do século XX, com o advento da República, o título cedeu lugar a Nossa Senhora de Aparecida, que é uma antiga imagem da Imaculada Conceição encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul.

Neste final de milênio, o culto à Maria ressurge com renovado vigor, pois só a Mãe mais amorosa e extremada poderia nos guiar frente ao caos nunca atingido antes pela civilização.

Fonte: Pascom Comunitária e Cotianet